Entrando em 2016 sem julgamentos: Amamentação
- Carol AB
- 8 de jan. de 2016
- 3 min de leitura

Hoje é 8 de janeiro de 2016. Um novo ano se iniciou e com ele fazemos inúmeras resoluções, promessas, reflexões... Ontem, ao conversar com uma amiga, chegamos à óbvia conclusão de que hoje em dia as pessoas se sentem muito à vontade julgando umas às outras atrás de uma tela de computador ou celular. Como meu enfoque é a maternidade, vou falar um pouco disso.
Sabem aquele ditado que diz que “só sabe quem passa”? Pois é. Com o avanço das informações e o santo google que tudo sabe e tudo responde, o lugar de fala tem sido cada vez mais desrespeitado e pessoas sem vivência alguma despejam insultos e palavras de baixo calão pelos grupos de facebook, whatsapp ou o que quer que seja, direcionados às mães que não amamentaram ou não tiveram parto natural, por exemplo. Eu sempre tive muito cuidado ao falar dessas coisas, principalmente antes de ter filhos, porque é extremamente delicado você acusar uma pessoa de não QUERER fazer algo, quando você mesma não sabe da dificuldade da coisa.
Amamentar é um saco. Sim, é um saco! O início é horrível, não te ensinam nada direito e você tem que agir por instinto. O bebê chora, o leite não sai. Ninguém fala isso porque é mal visto, é chato. Eu amamentei meus dois filhos, por isso falo com propriedade: é chato demais! Dói, sangra, parece que estão enfiando mini agulhas no peito. Você não tem hora pra nada, porque a gente aprende que a amamentação é livre demanda. Ou seja, qualquer hora do dia ou da noite, não importa o que você esteja fazendo, tem que dar o peito pro bebê. Então por que amamentamos? Porque realmente é o melhor pro bebê. É indiscutível que a criança que mama no peito é mais saudável que a criança que não mama. Mas cabe a mim recriminar uma mãe que não amamenta? DE JEITO NENHUM. Cada uma sabe de si.
Algumas pessoas são mais tolerantes à dor do que outras, tem gente que não tem leite... Várias coisas podem acontecer para que uma mãe não consiga amamentar. Isso é egoísmo? NÃO! Nós, como mães, estamos sempre buscando dar o melhor aos nossos filhos. O que é bom pra mim, pode não ser bom pra você e vice-versa.
A mesma coisa sobre parto natural. Eu fiquei com essa ideia na cabeça até os 7 meses do meu primeiro filho, mais ou menos. Fui lendo os relatos, caí na besteira de ver um vídeo no youtube e... Já era a coragem. Do segundo já nem cogitei. Sou menos mãe por isso? Claro que não! Mas as besteiras que a gente lê por aí, olha, são de chorar de desgosto.
As mães devem se unir. Maternidade é uma das tarefas mais difíceis da vida da mulher e em nada ajuda ficar apontando dedo ou julgando sem saber da realidade de cada pessoa. Hoje sou eu, amanhã pode ser você. Uma pessoa que nunca teve filhos não pode encher a boca pra dizer que vai amamentar exclusivo por 6 meses e ter parto natural lindo e limpinho como do vídeo de famosas e blogueiras. TUDO PODE ACONTECER. O importante, SEMPRE, é que mãe e bebê estejam saudáveis e felizes.
No mais, gente, é cada qual olhar pro cisco do seu próprio olho, como a Bíblia diz. Seja em questão de maternidade, trabalho, amizade, família ou qualquer outra coisa. Coloque-se no lugar do outro, respeite as decisões de cada um, tente enxergar as situações por diferentes perspectivas.
Não sou perfeita, estou bem longe disso, mas após muito sofrer e me importar com as coisas que eram ditas on line por pessoas sem o mínimo de respeito e empatia, hoje posso afirmar que a cada dia tento observar mais e falar menos, pensar 100 vezes se for necessário antes de opinar a respeito de algo e engolir sapo SIM, porque não?
Que em 2016 nós possamos julgar menos e nos colocar mais no lugar uns dos outros. Empatia nunca é demais.
Feliz ano novo!
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