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O dia que viajei sem meus filhos

  • Carol AB
  • 20 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Há mais ou menos duas semanas eu me vi num impasse e gostaria de dividir com vocês. Vou começar contando como eu cheguei nessa situação. Meu ex marido viajou para a Disney com nosso filho mais velho (que no momento mora em Manaus com os avós paternos, mas em outra ocasião eu explico o por quê) e passou quase um mês fora. Eu estava super estressada, pois aqui na minha cidade sou completamente sozinha, não tenho família e não conto com a ajuda ninguém. Um dia eu tava chorando (vivo chorando), cansada, impaciente e comecei a pensar como seria bom se eu pudesse viajar sozinha.

Resolvi olhar o calendário e vi que o ex chegava próximo ao feriado do dia 2/11 e coincidentemente eu teria um ponto facultativo naquela mesma semana. Fui amadurecendo a ideia e decidi esperar ele chegar pra conversar sobre meus planos. Tivemos a conversa, que foi dificílima, principalmente porque infelizmente nós ainda vivemos numa cultura extremamente machista onde as pessoas acham que os filhos são responsabilidade exclusiva da mãe, e, acreditem, é realmente ofensivo para algumas pessoas abrir a boca e dizer com todas as letras que você quer passar um tempo sozinha SEM OS FILHOS. Brigamos, dissemos coisas horríveis, mas tudo isso apenas me deu força para que eu não desistisse da minha ideia. E, com o coração na mão, fui.

Mãe viajando sozinha

Foi horrível. Passei a viagem INTEIRA chorando, me sentindo culpada, uma péssima mãe. Muitos pensamentos passavam pela minha cabeça, como: “que tipo de pessoa eu sou? Deixei meu bebê de 2 aninhos sozinho com o pai...”. Aí eu pensava: “mas perai, é PAI dele!!!” Isso durou a noite toda e eu já não tinha mais certeza se aquela era uma boa ideia.

Cheguei lá e tudo mudou. Pude curtir a companhia do meu filho mais velho, coisa que eu não fazia há muito tempo, revi minhas amigas, dormi até mais tarde (!!!!)... Obviamente o sentimento de culpa não me abandonou, mas ao mesmo tempo pude perceber que aquilo faria bem não só a mim, mas à todas as pessoas que conviviam comigo. É preciso se sentir mulher, amiga, filha... O papel de mãe pode ser o principal, mas não necessariamente o único na vida de uma pessoa.

Tenho assunto pra uns 2 meses de sessão com a psicólog, mas posso afirmar que foi a melhor coisa que eu fiz ultimamente. Ninguém morreu, a casa não pegou fogo, os laços entre pai e filho foram reforçados e eu pude respirar e me sentir EU novamente. Se você está cansada, fale, peça ajuda. Respire fundo e tome coragem de passar um tempo sozinha. Isso ajuda a você e a todos ao redor.

 
 
 

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